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Como Criar um Plano Estratégico de Sucesso para Pequenas Empresas

 

“A criação de um plano estratégico é a receita para o sucesso de qualquer empresa, especialmente para empresas que buscam crescer em um mercado competitivo” – esta é a bandeira levantada pelo renomado Prof. Philip Kotler. Considerado internacionalmente como o guru de negócios, esta figura lendária já prestou assessoria para multinacionais como General Electric, Motorola e IBM.

O que Kotler não sabia, quando começou a espalhar suas teoriais pelos quatro cantos do planeta – e no passar dos anos alcançar muitos prêmios e trabalhar com alguns vencedores do Prêmio Nobel – o que Kotler não sabia, era que depois de escrever seu livro “Administração de Marketing: Análise, Planejamento e Controlole”, em 1967, ele seria reconhecido como um dos 50 maiores escritores de negócios dos últimos tempos (segundo a Financial Times), e que no final de sua carreira, haveriam 55 de seus livros publicados e muito utilizados por universidades e escolas de pós-graduação do mundo.

Podemos aprender muito com Kotler, principalmente quando ele diz que a implementação de um planejamento estratégico é um processo fundamental para as empresas crescerem. Um plano bem elaborado não apenas define a direção da empresa, mas também ajuda a alocar recursos de maneira eficiente, identificar oportunidades e enfrentar desafios.

Normalmente, empresas de maior porte – com muitos funcionários, que conta com áreas com o setor financeiro, recursos humanos, fiscal, comercial, marketing e suprimentos – reúne seus gestores e líderes em reuniões exaustivas e em um evento final, expõe todas as decisões em um relatório que promete salvar o ano e destacar a empresa no mapa dos negócios. Mas pequenas empresas também têm sonhos e objetivos, e por isso também podem criar e implementar um planejamento estratégico de sucesso.

Alguns dos elementos essenciais para um planejamento estratégico consistem na análise SWOT (1), metas SMART  (2), planejamento de ações (3) e revisão contínua (4).

A análise SWOT (ou você pode também chamar de FOFA, pois era assim que chamávamos na faculdade há décadas atrás) é uma ferramenta estratégica que ajuda as empresas a identificar suas forças (Strengths), fraquezas (Weaknesses), oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats). Esse processo é crucial para entender o ambiente interno e externo da empresa e, assim, formular estratégias eficazes.

  • As forças e fraquezas refletem os fatores internos que a empresa pode controlar. Forças podem incluir uma forte reputação da marca, uma equipe talentosa ou tecnologia avançada. Fraquezas podem ser a falta de recursos financeiros, baixa visibilidade no mercado ou limitações tecnológicas.
  • As oportunidades e ameaças representam fatores externos que a empresa não pode controlar, mas que pode se preparar para enfrentar. Oportunidades podem ser novas tendências de mercado, mudanças regulatórias favoráveis ou mercados emergentes. Ameaças podem incluir concorrência crescente, mudanças econômicas desfavoráveis ou novas regulamentações restritivas.

Seguindo o raciocínio, metas SMART são objetivos específicos (Specific), mensuráveis (Measurable), alcançáveis (Achievable), relevantes (Relevant) e com prazo definido (Time-bound). Definir metas SMART ajuda a garantir que os objetivos da empresa sejam claros e realizáveis, proporcionando um caminho claro para o crescimento e o sucesso. Vejamos cada uma separadamente:

  • Específico: As metas devem ser claras e específicas. Por exemplo, em vez de definir uma meta vaga como “aumentar as vendas”, a meta específica seria “aumentar as vendas em 20% no próximo trimestre”.
  • Mensurável: É importante que as metas possam ser medidas para que o progresso possa ser acompanhado. Por exemplo, usar métricas como volume de vendas, número de novos clientes ou receita gerada.
  • Alcançável: As metas devem ser realistas e alcançáveis. Definir metas muito ambiciosas pode desmotivar a equipe.
  • Relevante: As metas devem ser relevantes para o sucesso da empresa. Elas devem estar alinhadas com a visão e missão da empresa.
  • Prazo Definido: As metas devem ter um prazo para serem alcançadas, o que ajuda a manter o foco e a urgência.

Uma vez identificadas as oportunidades e ameaças e definidas as metas SMART, é hora de planejar as ações necessárias para alcançar essas metas. O planejamento de ações envolve:

  • Definição de tarefas Específicas: Cada meta deve ser decomposta em tarefas específicas que precisam ser concluídas para alcançar a meta.
  • Alocação de Recursos: Recursos como tempo, dinheiro e mão-de-obra devem ser alocados de maneira eficiente para garantir a conclusão das tarefas.
  • Estabelecimento de Cronogramas: Definir cronogramas realistas para cada tarefa ajuda a manter o projeto no caminho certo.
  • Designação de Responsabilidades: Cada tarefa deve ter um responsável designado para garantir a responsabilidade e a execução.

Kotler sugere o uso do Marketing Mix (os 4 Ps do Marketing: Produto, Preço, Praça e Promoção) como um guia para planejar ações. Ele argumenta que cada aspecto do mix deve ser cuidadosamente planejado e executado para garantir que a empresa atinja suas metas estratégicas.

Finalmente, como sabemos, o ambiente de negócios está em constante mudança, e as estratégias devem ser adaptáveis para responder a novas realidades. Empresas líderes mantêm sua competitividade ao ajustar continuamente suas estratégias com base no feedback do mercado e na análise de dados, portanto, a revisão contínua do plano estratégico é crucial para garantir seu sucesso a longo prazo através de:

  • Monitoramento e Avaliação: Acompanhar o progresso regularmente e avaliar os resultados em comparação com as metas estabelecidas.
  • Feedback e Ajustes: Coletar feedback da equipe e stakeholders para fazer ajustes necessários no plano.
  • Flexibilidade: Estar preparado para ajustar as estratégias com base em mudanças no mercado, novas oportunidades ou ameaças imprevistas.

Se a criação de um planejamento estratégico eficaz é um processo dinâmico que envolve análise, planejamento, execução e revisão contínua, então podemos concluir que fazendo uso de suas ferramentas, pequenas empresas também podem (e devem) implementá-lo para alcançar o sucesso. A chave é manter a flexibilidade e estar sempre pronto para se adaptar às mudanças no ambiente de negócios, para assim navegar pelos desafios e aproveitar as oportunidades de crescimento.

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